12.6.13

Um post difícil de escrever

Ando já há uns dias a adiar a minha vinda aqui. Queria escrever sobre tudo e sobre nada. Era essa a ideia inicial deste espaço. Um espaço meu. Anónimo. Para escrever parvoíces ou coisas sérias.

Mas entretanto, recebo a noticia de que o Rodrigo, não sobreviveu à porcaria duma leucemia e caiu-me tudo ao chão. Não o conhecia nem a mãe nem ao resto da família. Aliás, conheci a história do Rodrigo há poucos meses e, apenas acompanhava o seu dia-a-dia, o seu sorriso, os tratamentos e os resultados das análises, através do Facebook. Fui a uma das campanhas solidárias, fiz algumas compras que revertiam para os tratamentos do Rodrigo e o meu marido inscreveu-se como dador de medula. Quase todos os dias abria o Facebook para saber novidades.
 
Foi um choque, ler um pouco por todo o lado que o Rodrigo tinha partido, assim do nada...e julgo que este foi um sentimento compartilhado por todos os que o acompanhavam. Muito poucos estavam à espera deste desfecho (com excepção das pessoas que tinham conhecimentos médicos, talvez essas estivessem mais realistas).
 
Um menino que partiu demasiado cedo. Uma mãe que viu o filho adoecer e o perdeu. Um filho tão pequeno que não chegou a conhecer o pai. É que o pai tinha falecido ainda o Rodrigo estava na barriga da mãe. Uma mãe que perde o marido e tem de lidar com a doença inesperada do filho pequeno. Uma mãe que vê partir esse filho. Uma mãe que tem ainda de ter força e coragem, porque existe o mano, pouco mais velho do que o Rodrigo, para criar, amar e cuidar. Que esse mano, que se viu sem pai e sem irmão mais novo, também precisa de atenção e mimo. É uma super mãe, esta mãe. Penso nela como muito carinho e admiração.
 
Porque não sou crente (não sou mesmo), mas foi uma grande injustiça, esta partida que a Vida fez a esta mãe. Quero acreditar que o pequeno Rodrigo partiu sem sofrimento e que esta mãe consiga, de alguma forma, superar toda esta provação.
 
Depois de andar estes dias a remoer este assunto, pouco sentido fazia vir escrever fosse o que fosse.
 
Mas já escrevi.
 
Até qualquer dia Rodrigo!
 
 
 

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